Ter uma política de mobilidade urbana significa ter um conjunto de princípios e diretrizes que orientem as ações públicas de mobilidade urbana e as reivindicações da população.
Trata-se, por exemplo, de pensar e propor como será o deslocamento de pessoas e bens na cidade. Quando não existe uma política de mobilidade urbana, ou quando ela não funciona bem, as pessoas deslocam-se como podem.
Cada um busca a solução individual de seu problema, sem que exista um planeamento público eficiente. Isso não é bom porque acaba atendendo os interesses de poucos, normalmente, de quem tem mais recursos, e a maioria sofre com as dificuldades que têm para se locomover na cidade. O nosso cotidiano mostra quando a política não está atendendo a todos:
• o transporte de casa para o trabalho é caro e não conseguimos pagar;
• gastamos muito tempo em engarrafamentos que nos atrasam e estressam;
• vivemos muito longe de tudo e gastamos muito tempo para ir de um lugar ao outro;
• o transporte coletivo não passa perto de onde moramos e temos que andar muito a pé;
• nossas cidades são poluídas e barulhentas;
• temos que andar de bicicleta no meio dos carros, pois não existem ciclovias;
• ficamos plantados, esperando o autocarro que não vem e temos que ir a pé ou usar carro, (se tivermos!);
• as calçadas são tão ruins que, mesmo querendo ir a pé, é melhor não ir;
• as travessias de pedestres são distantes e perigosas.
Quem não viveu ou conhece alguém que já passou por alguma dessas situações?
Por isso, é fundamental construirmos uma política de mobilidade urbana que garanta os
direitos de todos, privilegiando o transporte coletivo e o transporte a pé e por bicicleta
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